Em parceria com o IDARTES, as artes urbanas apresentarão o melhor do grafite fluminense na temporada Hola Rio Colombia 2024. Os artistas Bruno Lyfe, Cazé, Jeff Seon, Pablo Malafaia e Toz Viana se unirão a cinco artistas colombianos para um projeto de colaboração e intervenção urbana em Bogotá e no Rio de Janeiro. Cada dupla de artistas criará um mural em cada uma das duas cidades, deixando um legado de intercâmbio na arte urbana da América Latina. A etapa colombiana ocorrerá em outubro, enquanto a etapa carioca embelezará cinco muros do Rio de Janeiro em novembro de 2024. A temporada Hola Rio Colombia 2024 celebra a força e a criatividade da arte urbana e seus artistas
Colaboração em Arte Urbana
Outubro e Novembro – 2024
Bogotá e Rio de Janeiro
21 a 29 de outubro – Criação e desenvolvimento da pintura do muro nas ruas de Bogotá
30 de outubro – Conversa com artistas na galeria do IDARTES – Bogotá
Novembro – Criação e desenvolvimento do mural no Rio de Janeiro
29 de Novembro – Conversa com artistas na Casa França – Rio de Janeiro
O artista Toz Viana dedica-se há mais de 25 anos ao graffiti, arte urbana e contemporânea, produzindo obras em múltiplos suportes, como telas, esculturas, murais, empenas de prédios e instalações, também é reconhecido pelos trabalhos em formatos monumentais. Influenciado por cartunistas como Angeli e Laerte, na Pop Art de Andy Warhol e no movimento Hip Hop, suas obras podem ser vistas em ruas e muros de cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Madrid, Paris, Zurich, Hong Kong, entre outras.
Bruno Lyfe (Rio de Janeiro, 1991). Vive e trabalha em Ramos, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro. Em 2018 se formou na Escola de Belas Artes da UFRJ no curso de Pintura, e em 2023 na Elã, escola livre de Artes do Galpão Bela Maré.
Possui linguagem plástica onde a linha e a forma se impõem em associação com intensos cromatismos, sobreposições e justaposições de elementos numa multiplicidade de acontecimentos onde figura e fundo se transbordam, criando em suas obras uma espécie de colagem.
Pablo Malafaia é artista urbano e visual, com formação em Design Gráfico pelo IFF. Nasceu, vive e trabalha em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense RJ. Em seu trabalho, destaca-se o uso de técnicas mistas, abarcando stencil, grafite, colagem e acrílica. Com base em questões de território, identidade e pertencimento, cria uma atmosfera especial e familiar, sobretudo a partir de ambientes em que está inserido e faz parte. Em 2024, Malafaia conquistou o primeiro lugar no edital LPG – Apoio às Artes Visuais com “Ainda Falo de Pessoas e Lugares que Não Conheço” e também participou da primeira exposição de artistas negros de Campos dos Goytacazes intitulada “Nuances”.
Jeff Seon é conhecido por seus grafites e murais que abordam temas sociais e culturais. Suas obras incluem um mural no AquaRio, um grafite na zona portuária do Rio no projeto Cores do Brasil e a participação de um mural de 300m² no projeto Zona de Arte Urbana (ZAU). Jeff estreia sua primeira exposição individual e já participou de exposições coletivas em espaços como EAV, A Gentil Carioca, MAR e MUHCAB. Além de artista, é produtor e professor de artes, tendo recebido prêmios como “Sua Arte Aproxima” da Microsoft em 2021 e “A Arte do Debate Cultural na Favela” pelo Edital FOCA em 2022. Em 2023, foi contemplado por dois editais da Lei Paulo Gustavo e pelo Edital SESC Pulsar.
Cazé (Rio de Janeiro, 1987) é artista visual e muralista. Pesquisa as “biografias urbanas” dos territórios que está presente, de modo a criar narrativas a partir de registros autorais, valorizando atores sociais e histórias que são tradicionalmente preteridas e silenciadas. O artista reúne trabalhos pelo Brasil e ao redor do mundo, em países como Guiné-Bissau, Portugal, França, Inglaterra, Alemanha e Equador. É também co-realizador de NegroMuro, projeto que atua no mapeamento da memória negra através da arte urbana.
Desde 2004, se dedica à arte e ao design, com especialização em muralismo e graffiti. Sua abordagem artística, “ARK ANIMALIUM”, é uma exploração introspectiva que aborda temas como a vida, a morte e as divisões do pensamento humano. Através de suas obras, busca transformar espaços urbanos e criar universos onde o fantástico e o cotidiano se encontram. Seu processo criativo é alimentado pela interação com as pessoas e pelos acontecimentos globais, sempre com o objetivo de fomentar a reflexão sobre questões sociais e ambientais, explorando a simbiose entre animais e humanidade.
Site: arkaloides.art
Artista colombiana, nascida em 1990 em Bogotá, com formação em Arquiteto e Designer Gráfico. Começou a pintar murais em 2012, levando suas ilustrações para as paredes, que se tornaram sua superfície preferida para compartilhar imagens. Seu estilo mistura elementos de surrealismo, botânica e retrato, dando especial atenção ao gerenciamento de cores. Sua técnica é mista, utilizando vinil e aerossol na criação de murais. Tem interesse em criar imagens que despertem emoções, que o trabalho seja sensível e leve as pessoas à reflexão íntima. Para isso, utiliza elementos figurativos e abstratos, expressivos e dinâmicos, que, acompanhados da cor, transmitem sensações intensas. A cor é muito importante, tente fazer dela a protagonista e falar por si. Ele transita entre o figurativo e o abstrato, buscando movimento e fluidez em suas imagens.
Arteaga se formou como designer industrial pela “Universidade Autônoma da Colômbia” em 2019. Arteaga iniciou sua trajetória artística em 2015, participando de programas como Somos Arte Somos Parte (2015) e Artecámara Tutor (2016), da Câmara de Comércio de Bogotá, como participante e expositor. Desde então, ele desenvolveu um interesse por ilustração e arte urbana, áreas nas quais tem criado sua proposta artística. Conceitualmente, seu trabalho é baseado em referências à estética dos quadrinhos e às capas de edições de HQs, utilizando sua diagramação como base. Ele gosta de partir da sátira, de imagens impossíveis e de temas carregados de humor e referências à cultura pop para criar suas imagens. Esteticamente, utiliza técnicas clássicas de pintura em contraste com estéticas e técnicas contemporâneas de ilustração e quadrinhos. Tem interesse por temas como ficção científica, inteligência artificial e a relação das pessoas com cenários distópicos e futuros possíveis.
Lili Cuca pinta desde 2007 e desenvolveu uma proposta através do desenho, da ilustração e das artes plásticas nas intervenções urbanas de grande formato, por meio das quais busca adequar as imagens aos lugares para transformá-los em circunstâncias, momentos no espaço que narram situações que lhe permitem ter uma linguagem na qual reivindica o feminino, nossa existência, nosso ser e nosso sentir, a partir da criatividade e da criação. Isso permitiu que seu trabalho fosse reconhecido pela relação social e humana que sempre acompanha seus projetos, levando-a a encontrar formas de realizar intervenções em nível nacional e internacional. Graças ao seu trabalho como artista urbana, ela conseguiu se destacar em outros países, onde participou como artista convidada em diversos festivais de arte urbana e projetos artísticos, como Brasil, Peru, Equador, Estados Unidos, Espanha, Cuba, México, Finlândia, Paris, entre outros. Além de participar em alguns desses países em vários projetos comunitários e de design participativo como extensão de projetos que desenvolveu na Colômbia, ela se tornou uma das referências nacionais do arte urbana e uma das mulheres mais proeminentes no desenvolvimento desse cenário.